Procura-se: Faltam cerca de 3 milhões de caminhoneiros no mundo

Procura-se: Faltam cerca de 3 milhões de caminhoneiros no mundo

De acordo com pesquisa internacional, a cada ano, há mais vagas para menos motoristas. Venha entender esses números.

Olá, companheiro(a) de trecho! Por um acaso, está achando as estradas vazias recentemente? Tem a impressão de que a quantidade de caminhões rodando por aí não é suficiente para dar conta das demandas de entregas, fretes e prazos? Você não está errado! É que estão faltando, em todo o mundo, cerca de 3 milhões de caminhoneiros. Muita coisa, não é mesmo?

No texto de hoje, vamos explicar um pouco melhor sobre esses dados e seus impactos para quem roda por aí. Então pegue carona com a gente e venha saber mais sobre esse assunto.

3 MILHÕES?

O número, em um primeiro momento, é bastante impactante, mas reflete uma realidade que quem trabalha rodando nas estradas conhece bem: a de que há mais demanda para pouca gente.

Mas de onde veio esse dado de que faltam tantos caminhoneiros para lidar com as necessidades do mercado? No final do ano passado, a União Internacional dos Transportes Rodoviários (IRU) publicou um relatório com os dados de uma pesquisa realizada com 4,7 mil empresas de 36 países. O resultado, como você pode imaginar, é que há cerca de 3 milhões de vagas para motoristas em aberto em todo o mundo.

ALÉM DOS DADOS

Mas não foi só o déficit no número de profissionais que a pesquisa revelou. Outro dado muito importante que pode ser observado é que, ao longo dos últimos anos, a falta de caminhoneiros tem aumentado.

Ou seja, a cada ano, maior é a demanda de vagas e menor é a disponibilidade de profissionais. De acordo com os números apresentados no relatório da IRU, a previsão é que até o ano de 2028, a falta seja de aproximadamente 7 milhões de motoristas de caminhão.

POR QUE ISSO ACONTECE?

De acordo com a pesquisa, não há apenas um único fator que explique esse cenário. Aqui, vamos tentar explicar cada um desses motivos a partir de uma visão mais geral. Vamos lá?

SALÁRIO

Apesar da responsabilidade exigida pela profissão, a remuneração ainda é baixa. Principalmente se considerarmos os perigos que a estrada pode oferecer, como os riscos de acidente.

Além disso, o investimento para trabalhar no setor é alto, e a diferença de valores entre ganhos e despesas é bem pequena. Sendo assim, muitas vezes, acaba não valendo a pena, principalmente para motoristas autônomos ou pequenos empresários do transporte.

FATORES DEMOGRÁFICOS

Apesar da palavra ser um pouco difícil, isso quer dizer que o perfil da população ainda é um fator que tem muito impacto em quem dirige brutos pela estrada. Vamos pegar um exemplo para entender melhor.

De acordo com a pesquisa da IRU, atualmente, só 12% dos condutores têm menos de 25 anos. Ou seja, mais de 80% dos motoristas são mais velhos. Isso quer dizer que a profissão não é exercida por muitos jovens.

Outro ponto é que, em alguns lugares do mundo, essa parte da população não pode ocupar essas vagas excedentes por restrições legais, já que, diferente do Brasil, a idade mínima para conduzir um caminhão pode variar de 21 a 26 anos.

De maneira similar a essa questão, estão as caminhoneiras que, apesar de estarem crescendo, ainda ocupam uma parcela bem menor no setor. Nos dois países que lideram essas estatísticas, na China, apenas 6% do total de motoristas profissionais são mulheres e, nos EUA, o número chega a 8%.

O QUE PODE SER FEITO?

Bilhões de produtos e mercadorias dependem do transporte rodoviário todos os dias para chegar ao seu destino e, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo, as estradas são a principal forma de entrega e transporte. Então, o que fazer quando há tanta demanda para pouca mão de obra?

Não há resposta correta para essa pergunta. Afinal, como explicamos, é um problema complexo, que envolve vários fatores e que cada lugar enfrenta de um jeito, de acordo com sua situação.

Porém, há propostas que podem ajudar a começar a resolver esse cenário. Como, por exemplo, subsídios para motoristas autônomos e pequenos empresários do setor de transportes. Sabemos que muitas vezes a renda de quem está neste grupo não é suficiente para investir na carreira. Por isso, facilitar o acesso à profissão e oferecer isenções para jovens motoristas podem ser algumas soluções para reduzir o número de vagas disponíveis.

E você, o que acha que pode ser feito para aumentar o número de motoristas nas estradas? Qual o futuro da profissão? Conte para a gente nos comentários suas dúvidas e opiniões sobre esse assunto tão complexo. Ah, e se você gostou desse conteúdo, não deixe de compartilhar este post com os seus amigos e companheiros de estrada! Até a próxima parada!

Fonte: Blog da Iveco – Iveco